Dia da mulher

Oi oi lindezas. Hoje é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Para mim, hoje é um dia tão importante quanto qualquer outro dia, pois somos tão ou melhores que os homens em qualquer tarefa ou atividade, mas enfim...não estou querendo dar uma de feminista nem algo assim.

Por convenção, em 1975 a Organização das Nações Unidas instituiu o Dia Internacional da Mulher à ser comemorado no dia 8 de março. Até então, não havia uma data certa para comemorar essa data, que tem origem nas manifestações de grupos femininos russos, que lutavam por melhores condições de vida e trabalho.

Essas mulheres também tinham uma postura contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917.
Porém, a ideia de revesar um dia da mulher já havia aparecido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, em meio às lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.

A partir do século XX, muitos movimentos tomaram conta das ruas. (Foto: Divulgação)

Porém o que levou mesmo a essa data ser comemorada mundialmente foi a tese do incêndio provocado na fábrica da Triangle Shirtwaist, que também ocorreu em Nova Iorque, em 25 de março de 1911. Foram registradas 146 mortes. Segundo relatos, cerca de 129 trabalhadoras foram trancadas e queimadas vivas.

O incêndio da fábrica Triangle é, até hoje, o pior da história de Nova Iorque. e não é pra menos, né, gente?

 

Operárias da fábrica Triangle Shirtwaist. (Foto: Divulgação)

Depois desse episódio, muitos outros protestos foram feitos, e um que se destacou foi o de 1908, onde 15.000 mulheres marcharam sobre a cidade de Nova Iorque exigindo a redução da carga horária, melhores salários e o direito de voto. Sendo assim, o primeiro Dia Internacional da Mulher seguiu-se em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos após uma declaração do Partido Socialista da América. Em 1910 ocorreu a primeira conferência internacional sobre a mulher em Copenhague, dirigida pela Internacional Socialista, e assim, o Dia Internacional da Mulher foi estabelecido.

Mesmo apesar do seu reconhecimento internacional como mulher, mãe, executiva, chefe de família e blá blá blá, em pleno século XXI ainda vemos mulheres sofrendo nas mãos de homens e regimes políticos que insistem em excluí-las da sociedade severamente.

 Mulheres lutando pelos seus direitos. (Foto: Divulgação)

No Ocidente, a data é comemorada no começo do século, até a década de 1920. Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, a data se tornou elemento de propaganda partidária. Nos países ocidentais, a comemoração caiu no esquecimento por um longo período e foi somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração da data perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas do público feminino.

Agora quero explicar por quê a foto "We Can Do It" ficou famosa, aquela, que coloquei lá em cima como referencial.

Ao longo da história houve marcos de lutas das mulheres. Esse cartaz é um ícone que simboliza o movimento feminista durante a Segunda Guerra Mundial, e também uma grande estratégia de marketing do governo americano para contratar mulheres para serem operárias em usinas e fábricas em todo o país, pois as fábricas ficaram carentes de mão-de-obra, e para suprir esse buraco, as mulheres foram convocadas para ocupar essa área que, até então, era "trabalho masculino".

A campanha teve um forte apelo também aos maridos que tinham que permitir que suas esposas deixassem os lares ou empregos como secretárias ou professoras para um trabalho mais braçal.

Assim surgiu o famoso cartaz com a criação da personagem "Rosie, The Riveter" (ou Rosie, a Rebitadeira), a ilustração feita por J. Howard Miller exibe uma mulher mostrando seus músculos, trabalhadora que não perdeu sua feminilidade, usando batom e lenço, ambos vermelhos. A técnica usada para ilustrar Rosie era a mesma que muitos outros ilustradores de pin ups da época usavam.

A personagem de Rosie foi inspirada em uma operária de 19 anos, Geraldine Doyle (1924-2010), uma operária que trabalhava em uma fábrica de Michigan.

Com o fim da guerra esperava-se que as mulheres voltassem aos seus lares para cuidar de seus filhos e maridos cansados da guerra. Algumas retornaram, mas outras se negaram a isso, elas atenderam ao chamado de "Rosie" quebrando diversos tabus, começaram a lutar pelo espaço no mercado de trabalho, a buscar por direitos à salários melhores, já que na época elas ganhavam bem menos exercendo a mesma função que um homem. não que isso tenha mudado muito nos tempos modernos, não é mesmo?
Esse cartaz mobilizou muitas mulheres à deixar sua posição de dona de casa e ter coragem para tentar um emprego remunerado e mais ainda, para lutar por seus direitos. A mulher trabalhadora dominou por completo a imagem pública, e isso tudo sem perder a feminilidade.

Com o passar dos anos a imagem de Rosie se solidifica cada vez mais e se torna referência social e fashion, sobre tudo, um símbolo feminista. Passa também a ideia de que as mulheres são tão fortes e capazes quanto os homens.

Essa foi a singela homenagem à todas as mulheres, que em suas distinções, são lindas e lutadoras.

Agora sim, comemore o Dia Internacional da Mulher, realmente conhecendo como chegamos até onde estamos.

Deus abençoe cada um de vocês, um beijo!